domingo, 25 de abril de 2010

Estudo sobre os Técnicos de Comunicação Autárquica III

Uma das questões aos TCA foi: Considera a sua profissão desvalorizada?As respostas encontram-se quase ao centro, no entanto, a maioria dos Técnicos - 52% - não considera a profissão desvalorizada. Há grandes referências à importância que a profissão ganha a cada dia. Houve, no entanto, algumas considerações em relação ao caminho que falta percorrer e é aí que há opiniões sobre a falta de reconhecimento desta profissão. A título de exemplo, foram feitas referências ao facto de esta não ser uma opção nos cursos de comunicação. A desvalorização começa aí. Mas já está a mudar.

Procurei perceber a composição dos Gabinetes de Comunicação:
A maioria dos Técnicos tem como chefe directo um Coordenador ou Chefe de gabinete. Sendo uma profissão de vínculo ou dependência directa do Presidente da Autarquia percebe-se neste número que, embora 24% dos Técnicos trabalhem sozinhos, como se vê a seguir, há um número igual de Gabinetes com mais de 6 elementos e um número considerável de Gabinetes com 3, 4 ou 5 elementos. É nestes números que este facto se baseia, pela necessidade de Coordenação e de Responsabilização. Vários elementos a trabalhar numa Gabinete sem um Coordenador tendem a cair na dispersão.
Segundo J. Martins Lampreia , a actividade do responsável pelo serviço de imprensa estriba-se, na prática, em três pólos de conhecimento:
1 – Conhecimentos de relações públicas, visto que ele é, na realidade, um técnico de relações públicas especializado nas relações com um determinado público (os órgãos de comunicação social) e cuja actividade está, salvo raras excepções, subordinada e englobada na política de relações públicas da empresa;
2 – Conhecimentos de jornalismo, dado que precisa de conhecer o «seu» público e estar profissionalmente à altura dele;
3 – Conhecimentos da empresa onde trabalha, bem como de todo o sector de actividade, a fim de poder prestar eficientemente qualquer tipo de informação a esse respeito.

A questão seguinte remetia para o número de elementos que compõem os Gabinetes:
A questão seguinte apresenta as duas realidades mais antagónicas. Se, por um lado, ¼ dos Técnicos trabalha sozinho, por outro lado, ¼ dos Técnicos trabalha em gabinetes com mais de 6 elementos. Na realidade, há Gabinetes com mais de 20 elementos e ainda há Autarquias que não têm um Gabinete ou um Técnico a trabalhar a sua Comunicação.
Esta situação assenta na dimensão das próprias Autarquias em Portugal, há as que não têm estrutura, pela sua dimensão, de ter mais do que um Técnico nesta área, em detrimento de outras áreas com necessidades de recursos humanos mais prementes. Por outro lado, as Autarquias de maior dimensão tratam esta área de uma forma mais cuidada, com maiores graus de especialização.

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