sexta-feira, 28 de maio de 2010

Marketing online

Mktonline

Aconselho uma visita, a quem não conhece, ao site que deixo em cima.
Muito voltado para uma vertente mais empresarial tem, também, vários temas que nos interessam.

Tirei de lá as seguintes frases/definições de Marketing:

DEFINIÇÕES DE MARKETING CÉLEBRES

“O estudo do público, isto é dos mercados, é de três ordens: económico, psicológico e social."
Fernando Pessoa, 1926

“Não se pode vencer contra o povo. Quem não sentir esta verdade indubitável não pode ser guerrilheiro."
Ernesto Che Guevara, 1960

“O Marketing no seu melhor, consiste na criação de valor e na melhoria dos níveis de vida no mundo."
Philip Kotler, 1997

“Kotler is marketing."
Al Ries

“A administração deve pensar em si mesma não como produtora de produtos mas como fornecedora de satisfações de valor, criadoras de clientes."
Theodore Levitt

“Marketing não é uma função; é todo o negócio visto na perspectiva do cliente."
Peter Drucker

Nota: a quem visita este blog com regularidade um pedido de desculpas pela pouca actualização de conteúdos nos últimos dias. Os temas são muitos mas o tempo às vezes é escasso.

domingo, 16 de maio de 2010

O Guia do Bom e-mail – Parte 1

É um problema sério. Mensagens electrónicas que chegam de assessores, empresas de comunicação, fontes, e que levam o jornalista ao desespero. São enormes. Difíceis de ler. Trazem imensas fotografias pesadíssimas que tornam tudo lento. Nalgumas é impraticável reproduzir a declaração pedida. A caixa de entrada entope de repente, impedindo a recepção do mail urgente. Perdem-se horas com este caos. E porquê, se custa o mesmo escrevê-las mal ou bem? Por desinformação.

Partindo desta reflexão, com qual, às vezes sem darmos por isso, no defrontamos todos os dias, vou partilhar convosco 12 pontos pertinentes e sugestões que podem ajudar os colegas a relacionarem-se com maior eficácia com os jornalistas, bloggers e outros. O Guia do bom e-mail é da autoria do Blogger e comunicador Paulo Querido.
Bom trabalho a todos e parabéns à Vera pela iniciativa de criação deste importante Blog.

Fernanda Mendes

1. Não abuse do tamanho!
Um dos maiores problemas nos e-mails é o seu peso. O que pesa raramente é a mensagem propriamente dita, mas sim os ficheiros que muitas vezes precisamos enviar anexados. Pense duas vezes no que precisa realmente enviar. Não ajudará nada, pelo contrário só indisporá os destinatários ao sujeita-los a ficheiros desnecessários e com dimensões desajustadas, que lhes vão sobrecarregar o computador.

2. Envie imagens pequenas
Se se trata de fotos para apreciação, mais vale enviar uma primeira versão de avaliação em dimensão reduzida e com resolução indicada para ecrã, enviando posteriormente a foto escolhida no formato maior. 12 Kb é o tamanho recomendado pelo IAB –Interactive Advertising Bureau para cada mensagem de mail. Ora, uma foto mesmo
em baixa resolução andará entre os 30 kb e os 80 kb. Uma foto normal, pode pesar entre 100 e 200 vezes mais que a recomendação do IAB. Está a ver os efeitos de um mail com 10 imagens de 1 Megabyte cada?

3. Recorra a servidores para ficheiros pesados
Há diversas soluções para contornar este problema, ser simpático e eficaz.
Uma delas é colocar as fotos no seu tamanho e resolução para publicação online, em servidor próprio ou num dos muitos serviços de alojamento de fotografias, e enviar na mensagem os links para elas. Mesmo que implique um pouco mais de trabalho, fica com a garantia que o destinatário lhe agradecerá o gesto, sobretudo se se tratar de um jornalista em pleno fecho da edição, quando cada minuto conta.

4. Alguns serviços de armazenamento de ficheiros
A maior parte das vezes, um servidor próprio ou os serviços gratuitos de
Fotografias como o Flickr resolvem o problema de distribuir imagens pesadas usando antes os links para a sua localização online. Quando essas soluções não forem suficientes, há diversas alternativas, muitas delas igualmente gratuitas, e abaixo se dão 3 exemplos:
http://www.transferbigfiles.com/
http://www.palshare.com/
http://www.yousendit.com/

Este contributo da Fernanda Mendes para o blog é fantástico!
Agradeço, do coração! Por mim, e por todos quantos podem/vão melhorar o seu trabalho com este guia!

RESPONSABILIDADE SOCIAL AUTÁRQUICA (RSA)

A responsabilidade social é, hoje em dia, uma grande preocupação. De facto, neste sentido, como noutros, as decisões de gestão e os comportamentos colectivos e individuais dos membros do executivo influenciam, quer o ambiente interno, quer o ambiente externo à Autarquia.
A Responsabilidade Social Autárquica (RSA) é uma noção indulgente que se situa no âmbito das boas práticas e da ética das Autarquias, podendo ser muito abrangente e não interferir com as funções e áreas de trabalho próprias dos Municípios e das Freguesias.
A Responsabilidade Social é uma questão que vai além do trabalho desenvolvido nas áreas da Acção Social, das Relações Públicas ou de qualquer outra.
As Autarquias são impulsionadas a adoptar novas posturas diante de questões ligadas à ética e à qualidade da relação autarquia-sociedade (meio envolvente).
Trata-se de desenvolver e participar em projectos e acções sociais em geral ou de natureza humanitária envolvendo os funcionários.
As acções reflectem a preocupação no desenvolvimento coerente, especializado e efectivo das suas actividades culturais, sociais, de solidariedade, educação e na área da saúde.

Alguns exemplos de acções a desenvolver são:
Cultura
Apoios e protocolos para a Recuperação Património, Promoção de eventos de Música e Bailado, Museus e Exposições, Edições, poio ao Associativismo.
Investigação e Ensino
Apoios concedidos na área da Educação através da atribuição de bolsas de estudo, formação, estágios, apoio ás actividades de investigação em vários domínios.
Solidariedade Social
Apoio á acção social e na área da saúde, cooperação com os PALOP.

As acções a desenvolver podem ser muito simples, sem estarem integradas em planos de actividades ou projectos específicos. Podem ser o apoio a uma acção de solidariedade de uma associação, a divulgação de uma informação na área da saúde, a organização entre os funcionários de uma campanha de recolha e bens para IPSS’s. Trata-se, no fundo, de desenvolver de acções que, não assentando directamente no plano de actividades ou atribuições da Autarquia, são desenvolvidas pela mesma, pelos seus funcionários e colaboradores promovendo o espírito de grupo, de coesão, de entrega e de apoio ao próximo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Relações Públicas

As Relações Públicas são uma técnica de comunicação que tem por objectivo principal divulgar uma boa imagem de qualquer organização ou produto, junto dos seus vários públicos e utilizando todos os meios de comunicação disponíveis. É um esforço deliberado, planificado, coeso e contínuo da alta administração para estabelecer e manter uma compreensão mútua entre uma organização, pública ou privada, e o seu pessoal, assim como entre esta organização e todos os grupos aos quais está directa, ou indirectamente ligada. Deste modo, são uma técnica de comunicação bilateral, cujo objectivo fundamental é transmitir uma mensagem precisa, subordinada a uma política informativa de verdade, utilizando os vários media existentes bem como a comunicação pessoal.

História (muito resumida) das RP:

As Relações públicas constituíram-se como profissão e como técnica de comunicação no princípio do século passado, pela mão de Irving Lee. Em Portugal esta actividade esboçou-se timidamente nos anos sessenta, desenvolveu-se a partir de 1974 com o aparecimento das primeiras Agências de Comunicação e Relações Públicas mas foi na década de 80 que se afirmaram verdadeiramente, com a adesão de Portugal à então CEE. Esta é, pela credibilidade que alcançou e pelo facto de produzir efeitos palpáveis a longo prazo, uma das técnicas mais utilizadas em comunicação empresarial.
Das várias técnicas de comunicação, as Relações Públicas representam aquela que tem um sentido de ética mais forte e vincado. O objectivo fundamental da sua intervenção é o de humanizar as relações, no interior e no exterior da organização onde existe, dando-lhe maior veracidade. A sua política é uma política informativa de verdade, de transparência, de clareza de processos e intenções.

Tipos de Relações Públicas

Tratando-se de uma técnica que tem por objectivo difundir uma boa imagem da instituição junto dos seus diversos públicos a sua actividade pode exercer-se sobre a imagem global, junto de todos os públicos, ou sectorial, exercida sobre públicos específicos ou uma determinada área de actividade, como seja:

- Relações Públicas Internas: visam a comunicação dentro da instituição e o bom relacionamento entre a administração/direcção/executivo e os funcionários;

- Relações Financeiras: exercida junto da comunidade financeira (accionistas, banca, investidores,...);

- Relações Governamentais: ou lobbying, visam o estabelecimento de boas relações com os órgãos de soberania (Presidente da República,...), e com entidades oficiais;

- Relações com Órgãos de Comunicação Social (Press Relations): a sua especialização forma os assessores de imprensa , encarregados de contactar com um público específico constituído por jornalistas, locutores, directores de jornais, etc.;

- Relações Comunitárias: reforçando a imagem de uma instituição preocupada com o aspecto social da comunidade em que está inserida;

- Relações com Consumidores: ligada ou dependente da própria noção de marketing;

- Comunicação de Crise: trata da gestão e comunicação em situações de risco.

Além destes tipos específicos de acção dentro da actividade de Relações Públicas há outras áreas que podem interessar de acordo com a própria actividade da empresa ou instituição. Temos então relações educacionais, com fornecedores, clientes, saúde, ambiente, tecnologia, etc. note-se que, em relação à actividade de um gabinete de comunicação numa autarquia, as acções são similares, pelo exposto, ao nível da comunicação dentro da empresa e um bom relacionamento interno; relações com os órgãos de comunicação; relações comunitárias e, num nível mais pequeno, as próprias relações governamentais e a comunicação de crise.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Comunicação Interna

COMUNICAÇÃO INTERNA

A comunicação interna é anterior a qualquer política de comunicação. As relações interpessoais que se desenvolvem entre colegas, as chamadas conversas de corredor ou na pausa para café sempre foram um espaço privilegiado para a comunicação interna. O problema associado é a falta de esclarecimento, o espaço para rumores, são informações que podem circular de forma pouco fundamentada ou mesmo verdadeira. Uma política de comunicação interna, além de alterar estas possíveis situações ainda estimula o envolvimento e a motivação dos funcionários. Consegue-se um maior clima de confiança com funcionários informados e envolvidos nos objectivos da Autarquia.

OBJECTIVOS DA COMUNICAÇÃO INTERNA:

- Promover a motivação dos funcionários e consequente empenho;
- Aumentar e promover a integração de todos os funcionários pela prática de uma informação contínua e cuidada;
- Dar a conhecer a instituição e os seus serviços aos funcionários para que assumam como seus os objectivos da instituição e os promovam.

Comunicação Externa

COMUNICAÇÃO EXTERNA

Esta área é a que mais tem sido trabalhada pelos Gabinetes de Comunicação ainda que, por vezes, sem um plano concreto. Não tem bem definidos alguns procedimentos que assumem importância para a efectiva implementação de uma estratégia. De facto, a imagem da instituição e o seu processo de comunicação devem ser construídos a partir de uma ideia central. Esta ideia-chave vai condicionar e inspirar as diversas mensagens e formas de comunicação. Por exemplo, o logótipo apresenta a ideia, a marca que aparece sempre a representar a Autarquia e que a identifica.
Um dos objectivos do Gabinete de Comunicação passa pela definição de mensagens baseadas nesta ideia forte, bem como pela uniformidade da imagem apresentada (a nível de publicações periódicas, publicidade, site, comunicados, newsletters, etc).

OBJECTIVOS DA COMUNICAÇÃO EXTERNA:

- Desenvolver uma imagem positiva junto da população;
- Aumentar e promover a identidade social dos Munícipes pela prática de uma informação contínua e cuidada;
- Divulgar as actividades das várias secções da Autarquia junto dos públicos-alvo;
- Dar a conhecer a instituição e fornecer informações sobre os seus serviços para uma maior comodidade da população.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Marketing Territorial

Um pequeno apontamento sobre uma área do Marketing que nos diz muito:

Marketing Territorial é um conceito recente nos pressupostos do Planeamento Estratégico.
O Marketing Territorial não incide apenas na promoção/venda do território mas concentra-se no desenvolvimento deste. De facto, tal como as empresas, os territórios também estão no mercado.
A comunicação é muito importante na divulgação do que é definido no planeamento estratégico de Marketing, na sua promoção. Primeiro pensa-se o território, todas as suas componentes. É preciso pensa-las numa lógica de competitividade e, depois, comunicá-lo.

O Marketing Territorial, em traços gerais, compreende:
• Desenvolvimento sustentável;
• Competitividade;
• Promoção.

Os objectivos do Marketing Territorial têm que envolver os objectivos do desenvolvimento económico-social e a visão dos agentes desse território. É um Marketing direccionado para cuidar e desenvolver os atributos naturais e potenciais de uma área ou região.

Uma Plano estratégico de Marketing desenvolve-se em 4 passos:
• Análise da realidade;
• Formulação de uma Estratégia (Objectivos);
• Desenvolvimento de uma Plano de Acção (Metodologia);
• Implementação e monitorização.

Intervenções sobre o território são projectos inovadores, como grandes eventos.
A promoção do comércio tradicional de uma cidade ou vila é um exemplo de uma campanha de Marketing Territorial em que os parceiros trabalham juntos na divulgação do seu comércio promovendo animação de rua, concursos, eventos atractivos ao público, entre outras.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Marketing Relacional

Outra área do Marketing que devemos trabalhar:

O Marketing Relacional procura uma relação a longo prazo entre a Autarquia e a população, tendo como objectivo a satisfação dos munícipes e mais qualidade de vida, assente no compromisso e na confiança tendo como foco a emoção e a intimidade entre o poder local e a população.
Procura, acima de tudo, manter boas relações entre quem governa um território e a população que aí habita.

Em Maio de 2007 decorreu o XIII Encontro de Comunicação Autárquica organizado pela ATAM (Associação de Técnicos Administrativos Municipais). Um dos 4 temas guia do Encontro foi o Marketing Relacional tendo sido alcançadas várias conclusões interessantes sobre este conceito:

“O marketing relacional faz parte do plano estratégico de qualquer autarquia local;
Apesar de não ser um produto, há que evidenciá-la, através da sua imagem de marca, quer destacando os seus elementos únicos, quer promovendo uma relação de fidelização;
Importa salientar as características que a diferenciam, pela positiva, sendo certo que há factores racionais e emocionais, que tornam mais atractivas as autarquias locais;

A marca é mais do que comunicar, não é estratégia de comunicação;

As autarquias locais devem criar a sua própria identidade, sem omitir o passado, o que as diferencia no mesmo contexto geográfico;

Há que saber comunicar um novo estado de espírito: viver a marca para a difundir;

O marketing relacional constitui uma forma diferente de promover a autarquia local, com inovação e proximidade, de revelar uma outra atitude para com as populações;

Importa estabelecer e consolidar as relações com o público-alvo, promovendo os serviços que lhe são dirigidos;

As autarquias locais devem acreditar nas suas potencialidades, quando têm de estabelecer diálogo, colocando-as ao serviço da eficácia e qualidade de vida;

A comunicação deve ser entendida no sentido daquilo que é posto em comum, criando vínculos e cumplicidades;

A emergência de novos conceitos de cidadania e democracia não prejudica a eficácia e o legado da propaganda, que deverá ser feita com meios próprios;

Há que abandonar a rigidez do formato e da linguagem, por uma maior interacção e pluralidade na comunicação;

Importa promover um outro modo de fazer informação, pois mais importante do que os registos de memória, é a criação de verdadeiros portais de cidadania, cuja função social é inquestionável, pelas possibilidades que oferece aos utilizadores.”

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Estudo sobre os Técnicos de Comunicação Autárquica VI

Vários tipos de relações:

Cerca de 97%, a grande maioria dos Técnicos de Comunicação Autárquica tem, sem dúvida uma boa relação com o Executivo. Esta relação foi adjectivada como “Óptima”, “Excelente”, “Directa” ou “Muito Boa”. O saldo é francamente positivo. Era inconcebível que, numa posição destas, tendo as funções que tem adjacentes a relação pudesse ser má. Há algumas situações, no entanto, associadas às Autarquias maiores, em que os Técnicos não têm qualquer relação com o Executivo pois têm um Chefe, um Director ou Coordenador de Gabinete que faz essa ligação.

A relação com os jornalistas é plenamente (93%) referida como boa tendo sido adjectiva de “óptima” ou “excelente” em muitos casos. Os restantes 7% são casos de não-resposta.

Questionámos também a percepção dos Técnicos de Comunicação Autárquica de como é a sua profissão vista pelos colegas. 67% referem ser uma profissão bem vista e valorizada pelos colegas. 20% referiram que essa percepção depende de colega para colegas, não há uma imagem padronizada ou globalmente bem vista. 10% dos Técnicos referiram não saber e apenas 3% considera que a profissão será mal vista por alguns colegas.

Em relação aos Munícipes, 59% dos Técnicos consideram-se bem vistos; 24% referiu não ter ideia de como é visto pela população, 14% referiu considerar não ser bem ou mal visto sublinhando que esta profissão pode até passar um pouco despercebida.