quinta-feira, 6 de maio de 2010

Marketing Territorial

Um pequeno apontamento sobre uma área do Marketing que nos diz muito:

Marketing Territorial é um conceito recente nos pressupostos do Planeamento Estratégico.
O Marketing Territorial não incide apenas na promoção/venda do território mas concentra-se no desenvolvimento deste. De facto, tal como as empresas, os territórios também estão no mercado.
A comunicação é muito importante na divulgação do que é definido no planeamento estratégico de Marketing, na sua promoção. Primeiro pensa-se o território, todas as suas componentes. É preciso pensa-las numa lógica de competitividade e, depois, comunicá-lo.

O Marketing Territorial, em traços gerais, compreende:
• Desenvolvimento sustentável;
• Competitividade;
• Promoção.

Os objectivos do Marketing Territorial têm que envolver os objectivos do desenvolvimento económico-social e a visão dos agentes desse território. É um Marketing direccionado para cuidar e desenvolver os atributos naturais e potenciais de uma área ou região.

Uma Plano estratégico de Marketing desenvolve-se em 4 passos:
• Análise da realidade;
• Formulação de uma Estratégia (Objectivos);
• Desenvolvimento de uma Plano de Acção (Metodologia);
• Implementação e monitorização.

Intervenções sobre o território são projectos inovadores, como grandes eventos.
A promoção do comércio tradicional de uma cidade ou vila é um exemplo de uma campanha de Marketing Territorial em que os parceiros trabalham juntos na divulgação do seu comércio promovendo animação de rua, concursos, eventos atractivos ao público, entre outras.

3 comentários:

  1. Cara Vera,

    Muitos parabéns por este blog. Penso que está a fazer um importante trabalho de divulgação da Comunicação Autárquica.
    Relativamente ao Marketing Territorial, é um campo de enorme importância, que pode trazer grandes benefícios para as regiões. mas infelizmente ainda não há muitas pessoas suficientemente sensibilizadas para a importância do tema.
    A análise de alguns exemplos pode tornar bastante explícita essa importância, pois a notoriedade de uns e o relativo desconhecimento público de outros não resultam do acaso.
    Os concelhos de Mértola e Almodôvar podem ser, a este título, ilustrações interessantes.
    Situam-se ambos no Baixo-Alentejo e têm aproximadamente a mesma população.
    Mértola soube estruturar, de forma concertada, a sua comunicação em torno de um ponto focal - o seu campo arquelógico - bem definido e com potencial na comunicação social.
    Almodôvar nunca afirmou uma identidade distintiva, que o pudesse fazer evidenciar-se no panorama da comunicação pública e, portanto, não conseguiu criar uma percepção pública dos seus atributos que fizesse com que esse concelho se notabilizasse.
    São apenas exemplos, mas revelam um ponto essencial acerca de como deve ser estruturado o Marketing Territorial: a partir de um ponto focal. Em torno deste vão ser comunicadas as iniciativas e os atributos do território, mas sempre com a perspectiva de que estes devem reforçar esse ponto focal, ao mesmo tempo que este, à medida que se vai consolidando, se torna veículo para ir gradualmente comunicando temas mais abrangentes, quando a identidade territorial já está bem estabelecida ao nível das percepções públicas.
    Claro que o primeiro passo de um projecto de comunicação será a identificação de um ponto fulcral que tenha bom potencial de comunicação, o que envolve uma análise estratégica aprofundada.
    Daqui se depreende que ver a comunicação apenas como uma actividade operacional, sem qualquer componente estratégica, servindo apenas para ir comunicando as iniciativas que se desenvolvem na autarquia, é uma reduzir esta actividade a apenas uma das suas partes, não aproveitando o enorme potencial desta para a afirmação dos territórios, dos seus recursos endógenos e do dinamismo das suas autoridades locais.

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  2. Henrique,
    Obrigada pelo seu comentário. O problema fundamental é, como referiu, o ver-se esta profissão só no lado da divulgação de eventos e pouco mais. Não se vê, ainda, esta profissão como fundamental para o desenvolvimento do Concelho. Como diz uma colega minha: de engenharia percebem os engenheiros, de comunicação percebe toda a gente. É esta a ideia. Os nossos autarcas ainda pensam um bocadinho assim. Vamos ver se esta realidade muda, com o tempo. Cabe aos próprios técnicos de comunicação autárquica mudar esta situação. Devagarinho chegamos lá.

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