quinta-feira, 22 de abril de 2010

Conclusões Encontros da ATAM - I

Em Junho de 2006, ao receber o XVII Encontro de Comunicação Autárquica em Óbidos, o Presidente da Câmara Municipal, Telmo Faria referiu que “a comunicação autárquica permite sublinhar a importância do Poder Local, sendo um instrumento usado para servir melhor. Enquanto escola da democracia representativa, o Poder Local faz-se, também, com a comunicação autárquica, já que constitui uma ferramenta ao serviço do desenvolvimento”.

As Conclusões deste Encontro organizado pela ATAM dizem que no campo da comunicação autárquica há que ter em conta várias considerações como a questão do marketing aplicado às Autarquias e ao seu espaço que tem vindo a ser consecutivamente discutido e realçado pois além do trabalho feito junto da população local também é necessário “apresentá-lo” ao exterior.
Foram as seguintes as conclusões alcançadas:
“1 - Promover o marketing comunicacional das autarquias locais, de forma a:
• Dar a conhecer os serviços disponíveis;
• Vender a imagem local;
• Realçar as vantagens competitivas;
• Promover uma cultura de qualidade em todos os sectores de actuação;
2 - A comunicação, da iniciativa e responsabilidade das autarquias locais, não é um mero acessório no exercício do poder, mas uma ferramenta por excelência no desempenho da actividade política, desde que dotada de uma mensagem ajustada aos seus destinatários;
3 - A comunicação autárquica é fundamental para a conquista e manutenção do poder, já que dela depende a credibilidade da liderança política dos destinos da comunidade;
4 - Há que criar no imaginário dos destinatários um sentimento de confiança nas políticas e acções de proximidade;
5 - A comunicação autárquica é decisiva - ao contribuir para uma imagem de grandeza das autarquias locais -, devendo ser uma preocupação constante dos eleitos locais e de quem com eles colabora;
6 - Importa fornecer o máximo de informação, gerindo, em tempo útil, as reacções dos seus destinatários, e estar atento aos líderes de opinião locais;
7 - Há que pugnar pela divulgação da obra da Administração Local, perante um clima de opinião que a desacredita, fazendo ver que os trabalhadores, também, são decisivos para uma boa governação;
8 - Perante o colapso da memória e a actual ausência de confiança, importa dar voz aos esclarecidos, que conhecem as dificuldades do Poder Local, cumprindo-se, assim, a obrigação de comunicar;
9 - O marketing territorial das autarquias locais facilita o seu desenvolvimento e a competitividade;
10 - Importa promover uma imagem territorial das autarquias locais, de forma a destacar os seus recursos.

Foi ainda abordado o tema “Comunicação Autárquica - do que fica ao que está e deve mudar” de onde transcrevemos as seguintes conclusões:
“Apesar da comunicação autárquica ser uma condição do desenvolvimento local, importa considerar:
• A desvalorização da profissão;
• A inexistência de uma formação especializada no âmbito das autarquias locais;
• A incapacidade de obtenção da informação necessária, que nem sempre é gerida em tempo útil;
• A irregularidade e a falta de constância formativa;
• As deficiências no uso das linguagens e técnicas de comunicação;
• A excessiva valorização de algumas acções, sem eficácia real relevante;
• A desordem visual, ao nível da publicidade estática.
A influência da comunicação autárquica, assim como a valorização da sua função de mediação com os cidadãos, devem basear-se, essencialmente, nas seguintes regras:
• Informar e comunicar, explicando sempre a mensagem transmitida;
• Ponderar a relação custo/benefício das iniciativas a promover;
• Uma maior flexibilidade laboral, ajustada às necessidades da área;
• Preservar o serviço público, prosseguindo o interesse colectivo;
• Um maior envolvimento e responsabilidade interna;
• Assegurar a partilha da informação, com qualidade e em tempo real.”

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