A minha colega fez uma análise à nossa comunicação interna. Foi muito interessante pois, nomeadamente ao nível dos meios de comunicação tivemos surpresas, i.e., um dos meus meios internos preferidos - a folha interna que distribuimos mensalmente é, afinal, pouco apreciada... Já estamos a tratar de lhe dar nova forma. Este tipo de resultados, perceber o que está bem e o que é preciso mudar, é uma mais valia para o nosso trabalho.
Costumam fazer esta análise?
A Comunicação Interna
Por Guida Lourenço - C. M. Mação
"As instituições, enquanto sistemas abertos para o exterior, têm que responder às expectativas de todos os seus stakeholders, cada vez mais informados e exigentes, afirmando o direito de saber e compreender tudo. Este processo tem a sua origem internamente e é, efectivamente, através da fluidez da comunicação, que este pode se pode traduzir em colaboradores comprometidos e concentrados com a missão, objectivos e com as metas da instituição tornando-a mais forte e competitiva.
A comunicação interna ajuda a construir o futuro e a desenvolver a participação e envolvimento de todos os colaboradores em todos os processos da instituição. Engloba todos os actos de comunicação que se produzem no interior de uma organização e que variam nas modalidades em que são utilizados, nos instrumentos de veiculação e nas funções que desempenham (Westphalen, 1992), e tem por objectivo principal estimular e manter informados os colaboradores internos de uma instituição.
Para Vítor Almeida (2000, p.35), a comunicação interna (…) é um processo pelo qual se desenvolvem as relações não só entre pessoas do ponto de vista físico, mas essencialmente, entre as mesmas e a empresa enquanto pessoa moral. Estas relações não influenciam unicamente a vida das pessoas, elas são também a constituição da pessoa moral – empresa – moral porque possui uma identidade, uma personalidade, história e valores determinados por um lado, pelas condições da criação e pelos seus fundadores, e por outro lado, pelo quotidiano onde pertencem as visões individuais e colectivas.
Para o autor a Comunicação Interna, é antes de mais uma forma inteligente de administração. A instituição é vista como uma identidade produtora de um discurso próprio, onde ela é emissora, receptora e objecto do seu próprio discurso.
Para Thévenet, mais do que uma questão de moda a comunicação interna revela uma evolução na maneira de conceber os problemas das instituições,
Devemo-nos preocupar com a Comunicação Interna Empresarial porque ela zela pela qualidade das relações na instituição, porque isso determina o seu bom funcionamento.
O público interno é peça fundamental que vai conduzir a instituição ao sucesso ou ao fracasso. Por isso, fazer deles parte integrante de um grupo com os mesmos objectivos, valorizá-los, incentivá-los e partilhar-lhes informações estratégicas é primordial.
Segundo Fortes, público interno é o “(…) agrupamento espontâneo, com ou sem continuidade física, perfeitamente identificável, originária das pessoas e dos grupos ligados à empresa por relações funcionais oficializadas” (2003, p.72).
A Comunicação Interna desempenha várias funções numa instituição, entre as quais, expor resultados, transmitir informações e explicar o projecto da instituição ou as novas orientações da mesma.
A Comunicação Interna não é uma mera transmissão de informações – não basta fazer chegar as decisões ao conhecimento das pessoas – porque, em termos de eficácia e para limitar a emergência de conflitos sociais deve ser efectuado um profundo trabalho de pedagogia e explicação. A comunicação interna é uma ferramenta estratégica para compatibilização dos interesses dos colaboradores e da instituição, mediante o estímulo e o diálogo, à troca de informações e de experiências e à participação de todos os níveis. Pensar a comunicação interna enquanto função é reconhecê-la numa dupla vertente, como modo de relação entre as pessoas, bem como instrumento estratégico das instituições."
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